MIL E TANTOS
Continuo a me lembrar de histórias da roça. Mesmo depois dos mil feitos, as velhas coisas da vida sertaneja continuam a insistir em lembranças do meu tempo de menino. Publico aqui algumas delas para mostrar que mil é pouco. Podemos sonhar com mil e tantos.
1001. Corajoso, o menino sai à noite para o terreiro e enfrenta a assombração que assusta sua mãe. (j. novelino)
1002. O moleque espera quieto que o busca-pé vá atrás de alguém mais afobado. (j. novelino)
1003. Segunda ela lavou os cabelos com sabão de cinza. Sábado vai ser seu primeiro baile. (j. novelino)
1004. O capado, muito gordo, gritava sem parar. A faca, muito curta, não chegava até o coração do bicho. (j. novelino)
1005. Ele carrega a cartucheira antes de ir conversar com o vizinho que toca a mesma lição de sanfona sem parar. (j. novelino)
1006. Não sabe dançar. Por isso foge de todos os ternos de congada na semana do Natal. (j. novelino)
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