segunda-feira, agosto 01, 2005

Oito Centos de Contos

As remessas de MC's andam agora raras e ralas. Não acho que seja falta de inspiração. Nem posso achar que seja preguiça. Vai ver que os autores estão dando um tempo. Espero que os próximos duzentos venham logo. O milheiro está ali na esquina. Dedos no teclado, povo microcontante!

791. As goteiras aumentavam, em cadência com um Mozart ao fundo. O maldito violinista estava de novo em cima do telhado! (C. Seabra)

792. O delegado batucava sambas na delegacia. Naquele plantão, ficou com as pernas bambas ao conhecer Maria. (C. Seabra)

793. Era um ladrão muito respeitado. Só caiu na boca do povo quando virou deputado. (C. Seabra)

794. Usava camisinha e sentia-se em pecado, mas quando parou de usá-la e morreu com aids não foi beatificado. (C. Seabra)

795. Muito organizada aquela mamãe gansa: põe um ovo todo o dia mas dois no sexta, que sábado ela descansa. (C. Seabra)

796. Era uma moça tão séria que nem quando lhe faziam cócegas na vulva ela sorria. (C. Seabra)

797. Aquela guerra era uma simulação, mas quando o videogame entrou em curto, foi bem real o choque que queimou sua mão. (C. Seabra)

798. Tudo lhe era motivo para otimismo. Quando um pássaro defecou em sua cabeça, regozijou-se pelos elefantes não voarem. (C. Seabra)

799. A gravata era a coleira de sua função. Enforcou-se nela quando soube de sua demissão. (C. Seabra)

800. O cacique foi levado à cidade grande, onde conheceu avião, computador, rádio, metrô e microscópio. Mas o que mais o impressionou foram as escadas! (C. Seabra)