segunda-feira, outubro 17, 2005

Uma dezena de Don Pablo

974. Sonhava coisas tão lindas! Os lençóis amanheciam úmidos de desenhos surrealistas. (Pablo Rico)

975. O bebê engoliu a gelatina e fez cara de choro. Era um produto dietético consumido pela mãe. (Pablo Rico)

976. Desenhava cenários com grande habilidade, mas na hora de pegar no batente mudava de firma. Apresentava-se como consultor. (Pablo Rico)

977. Recebeu duas chicotadas na lomba. Deleitou-se. Com mais um par de bofetadas teria atingido o orgasmo. (Pablo Rico)

978. Foi visitá-lo. Estava todo coberto com um lençol branco. Voltou arrependido de ter ido. (Pablo Rico)

979. Na sua quase primeira vez, aos 13 anos, ficou desconcertado. Ela pediu que ele falasse coisas românticas ao ouvido. (Pablo Rico)

980. Entre urina, sangue e fezes vens ao mundo - falou o profeta carrancudo. Nada, porém, que um bom banho não resolva. (Pablo Rico)

981. Fez sucesso entre as terráqueas com seu membro flexível mas consistente como uma tromba de elefante. (Pablo Rico)

982. O bem criou raízes no mal. Ficou impossível separá-los na hora da colheita. (Pablo Rico)

983. Passava das cinco. Teria seu amor partido de trem? Voltaria trazendo-lhe o cheiro da terra visitada? (Pablo Rico)