Outros dez costumeiros do Seabra
682. O gato escondeu-se, o marido conseguiu escapar e os filhos não sofreram muito. Desta vez, sua TPM nem tinha sido das piores. (C. Seabra)
683. Ele estava completamente hipnotizado pela dançarina do ventre. Meio século depois, continuava. (C. Seabra)
684. O soldado era pago para matar. Foi dispensado quando começou a pensar. (C. Seabra)
685. Era uma democracia? O noticiário da TV mostrava tudo - mas só o que o dono da emissora queria. (C. Seabra)
686. A princesa beijava todos os sapos, esperando desencantar um príncipe. Mas seu pai, o rei, notório engolidor de sapos, não deixava escapar um! (C. Seabra)
687. O ministro estava sempre com a boca cheia de farofa quando proferia seus discursos explicando os juros à nação. (C. Seabra)
688. O lanterninha atrapalhado jogava silhuetas na tela, introduzindo novos personagens no filme. (C. Seabra)
689. As formigas, em longa fila indiana, indo de um quintal ao outro, eram a única coisa que unia aqueles dois vizinhos. (C. Seabra)
690. Toda nua, ensaboada, ela recordava debaixo do chuveiro aquelas mãos que não eram suas, mas que desejava que nunca abandonassem seu corpo. (C. Seabra)
691. Naquela sinfonia de mosquitos na madrugada, tentando matá-los, ele sentia-se um maestro com aquela almofada. (C. Seabra)
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