quinta-feira, maio 26, 2005

Segunda centena!

Chegamos aos 200. Falta pouco: apenas mais uns setecentos e tantos. É só novos autores se apresentarem e velhos autores não perderem o pique.

Volto aqui para reeditar. A contagem estava errada. Eram mais os mc's. O original 200 era, na verdade, duas centas e dois. Corrigi, mas não alterei mensagens e pesos originais, por isso o 202 vai continuar com as maiúsculas comemorativas.

202. Ela era tão provocativa que quando foi se confessar quem teve que rezar muitas ave-marias foi o padre. (C. Seabra)

203. O gato dormia no tapete da sala, aproveitando a calma da casa antes de darem pela falta do peixinho no aquário. (C. Seabra)

204. A bofetada deixou-lhe a marca dos dedos na face. Ao pensar em lhe pedir desculpas,desejou sentir novamente aquela mão em sua cara.(C. Seabra)

205. Um mendigo atropelado na beira da estrada. Os carros se desviam o suficiente para não sujarem os pneus com sangue. (C. Seabra)

206. Nem a ciência explicava como ele era tão fanho quando administrava e tão bem falante quando fornicava. (C. Seabra)

207. Ele sonhou que era um soldado americano. Ao acordar, o pesadelo era muito pior. Ele era um prisioneiro em Guantánamo. (C. Seabra)

208. A boneca caída no chão era a única habitante daquela aldeia destruída. (C. Seabra)

209. Ela estava calada e seu olhar absorto nada dizia, mas na fumaça do cigarro desenhavam-se os seus pensamentos. (C. Seabra)

210. O galo de briga perdeu os dois olhos. Assim, não pôde ver seu dono sorrindo com o dinheiro ganho na luta. (C. Seabra)

211. As árvores passavam céleres pela janela do trem mas seu olhar nada via, parado onde embarcara. (C. Seabra)